A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (3), a Operação “RECÔNDITO” decorrente de investigação policial que apura supostas fraudes em procedimentos licitatórios e sobrepreço em contratos públicos firmados pela Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz – SEMU, no ano de 2020, com a utilização de recursos públicos federais destinados ao combate do novo coronavírus.
As investigações tiveram início após monitoramento de licitações e contratações públicas, desenvolvido no âmbito do Ministério Público do Estado do MA e Ministério Público Federal, nesta cidade, com base em parecer técnico apontando irregularidades no processo de seleção de empresas para prestação de serviço.
No
curso das investigações, a Polícia Federal identificou diversos
indícios de fraude em processo de dispensa de licitação que
culminou com a contratação de empresa de fachada, integrada por
sócios “laranjas”, que foram beneficiados em contrato que tinha
por objeto o fornecimento de refeições para atender demanda do
Centro Municipal de Tratamento do COVID-19.
Nesta fase, estão
sendo mobilizados 25 policiais federais para o cumprimento de sete
mandados de busca e apreensão no município de Imperatriz/MA,
decorrentes de representação da Polícia Federal, todos expedidos
pela 1ª Vara Federal Cível e Criminal da SSJ de Imperatriz-MA. As
medidas objetivam angariar novos elementos de prova que permitam a
individualização de conduta dos envolvidos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa (art. 288 do CP), fraude à licitação (art. 90 da lei 8.666/93), corrupção ativa (art. 333 do CP) e corrupção passiva (art. 317 do CP), dentre outras infrações penais.
A denominação “Recôndito” faz referência à utilização de empresa “de fachada”, operada por empresários ocultos, com o único objetivo de participar de processos de contração com o poder público.
Fonte: Ministério Público, Blog do Gilberto Leda e Remocif.
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